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Como o SIG Participativo subsidia o estudo do nexo urbano

Nexo urbano nada mais é do que um novo nome para uma questão antiga. A interdependência dos recursos que as pessoas precisam para sobreviver nas cidades, especialmente água, energia e alimentos. A dinâmica é a seguinte: para a produção de alimentos é necessário energia e água; para a produção de energia, é necessário água, enquanto que para ter acesso à água, é preciso energia. Tudo isso também depende de uma sólida infraestrutura urbana, é claro. Esta interdependência entre os recursos deve ser profundamente investigada e compreendida, para ser considerada em qualquer tipo de tomada de decisão que se direcione à sustentabilidade urbana, resiliência e redução das iniquidades sociais. E como se faz isso? Como investigar e compreender o nexo entre os recursos em uma cidade? É preciso métodos e ferramentas. E mais importante, porquê se deve investigar o nexo urbano? Para que as cidades sejam planejadas e geridas de forma mais justa. Para que as cidades sejam feitas para as pessoas, e não para grandes empresas, carros, ou qualquer outro objetivo que não seja o bem estar e o pleno atendimento das necessidades de seus cidadãos.

O SIG Participativo permite que sejam coletados dados referentes ao nexo urbano especificamente (água, energia, alimentos e seus impactos no ambiente, além de outros relacionados, como saúde, resíduos, etc), proporcionando uma análise urbana mais completa, mostrando locais exatos que precisam de intervenção. Em resumo, seguem as principais contribuições do SIGP para estudos relacionados ao nexo urbano:

– Integração de grupos marginalizados, como por exemplo, bairros mais afastados, promovendo a equidade no acesso à informação e na geração e produção de conhecimento;

– Maior precisão e coerência de dados para suporte a melhorias na governança urbana;

– Permite a visualização da conexão entre os recursos locais proporcionando análises mais precisas,

– Favorece a integração entre os setores, que é o foco do nexo urbano;

– Permite a adição e integração de análises de mudanças climáticas, com a possibilidade de gerar mapas de vulnerabilidade e de risco;

– Desenvolvimento de plataformas e outros mecanismos de mobilização social e engajamento;

– Facilita a avaliação e percepção dos cidadãos com relação ao meio, proporcionando insights para melhorias na governança;

– Permite a avaliação conjunta com indicadores conectados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável;

– Permite a integração das particularidades de cada região estudada;

Assim, o SIG Participativo tem um enorme potencial em diagnosticar e até mesmo basear estratégias de resolução de problemas urbanos, com sua capacidade de engajamento de diferentes atores sociais, que permite que o diálogo seja ampliado e que um novo conhecimento, aquele produzido pelos próprios cidadãos, seja disseminado.

 

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