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Como o mapeamento participativo pode impulsionar o urbanismo feminista?

De acordo com o livro “The Gendered City”, escrito por Nourhan Bassam (genderedcity.org), o foco do urbanismo feminista é como criar cidades que funcionem para TODOS os grupos sociais.
Na semana passada ministrei uma palestra (que você pode assistir aqui https://www.youtube.com/watch?v=wY-NNgxf1hI), sobre este tema, e destaco aqui os principais pontos nos quais o mapeamento participativo pode contribuir para avançar no desenvolvimento urbano com foco nas necessidades e demandas das mulheres. E por que isso é tão necessário? As nossas cidades, em especial as do sul global (países em desenvolvimento), são cheias de desafios, agravados por questões como as desigualdades, a pobreza, a violência urbana, os desastres causados pelas mudanças climáticas, a falta de recursos básicos, o desemprego. E tudo isso afeta a vida das mulheres de forma muito mais contundente.
Para atender demandas de grupos específicos como as mulheres, em primeiro lugar, é preciso compreender de que forma estes desafios tem impacto na vida delas (exemplo: se é na saúde física, mental e/ou no acesso a oportunidades de educação e trabalho, etc). É preciso investigar mais a fundo, e então, implementar maneiras práticas de incluir as mulheres no desenvolvimento do planejamento das cidades.
O mapeamento participativo é uma ferramenta que pode ser utilizada para este fim, pelas seguintes razões:
– é possível a criação de um canal de comunicação com as mulheres
– existem diversas ferramentas, para diversos contextos urbanos e possibilidade de engajamento (diferentes grupos sociais)
– é possível realizar um diagnóstico dos principais problemas enfrentados
– pode-se planejamento futuro com as mulheres, com a possibilidade de integração ao planejamento urbano já existente
– é possível explorar a intersecção entre gênero e as relações de poder na cidade, através a localização dos problemas e observando sua sobreposição (definindo então prioridades de ação)
– o mapeamento também promove suporte no design e no desenvolvimento de políticas urbanas.
Com a inclusão das mulheres no processo de planejamento e assim, de posse de um conhecimento muito mais sólido, é possível criar cidades mais saudáveis e justas para todos.
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